segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Revival
O meu corpo é teu, desde o dia em que senti teu toque pela primeira vez. Ele queima no inverno, e congela no verão ante tua ausência. Quer mais? Órgãos, visceras, sangue? Meu coração também é teu: o entreguei batendo forte, numa madrugada fria, noite desgraçada e linda. Tem espasmos quando a violência do teu desamor o golpeia e chora gritando toda vez que ouve teu cheiro.Se for minha alma que você quer, não há nada para querer. Vaga como se fosse penada, morta, já que nem o coração e nem o corpo têm a desfaçatez de me pertencer.
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