quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cala a boca pensamento!

Consegui silenciar a barulheira na cabeça. Sendo assim, já consigo diferenciar o que é realidade e aceitá-la, do que é viagem e jogar fora. E não foi fazendo yoga e nem abraçando árvore que desatolei! Não, não! Desatolei dando espaço pra tudo que eu estava sentindo e percebendo que o que não tem remédio, remediado está. Não quero mais controlar o meu mundo!
Vinte dias de muitos problemas, muitas decepções, muita solidão, dois quilos mais magra e absolutamente consciente da minha agressividade, burrice e vulnerabilidade e que tenho muito trabalho pela frente.

Cheguei a achar que eu era profissional, mas percebi que sou muito mirim!

Sob efeito

Tou completamente bêbada. Diante disso, passo a entender com facilidade como é ser dependente. As dores ficam muito menores, os monstros perdem as cabeças e o ser alcoolizado (sic) encara qualquer coisa. Antes houvesse um botão para atingir este patamar de inteligencia emocional  etílica!


Ps: Moço, muito gentil de sua parte, mas ainda não estou pronta!
Ps2: Muito embora a foto sugira, eu não voltei guiando.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Domingo


O cinzeiro cheio, o quarto fechado, a TV ligada, a cabeça doendo, os demônios soltos, os lençóis desarrumados, um corpo sem banho, o coração partido.

domingo, 27 de novembro de 2011

Enlouquecendo

Uma parte de mim perde o controle, perde a razão, a cabeça, o domínio, perde o respeito, o juízo, os dentes, perde dinheiro, a voz, o orgulho. E desperta a loucura, desperta o monstro, a sombra, o medo, a dor, a solidão, desperta a poesia, desperta a confusão, a vaidade.Me traz a fúria, me traz surpresa, desprezo,  inveja e indolência.Leva embora a paz, o amor, leva um pedaço do corpo.
A outra parte de mim assiste impassível, mantendo dentro do caos, a consciência perturbadora e violenta do próprio caos.

Se eu soubesse

"Ah, se eu soubesse, não andava na rua 
Perigos não corria 
Não tinha amigos, não bebia 
Já não ria à toa 

Não ia enfim, cruzar contigo jamais 
Ah, se eu pudesse, te diria, na boa 
Não sou mais uma das tais 
Não vivo com a cabeça na lua 

Nem cantarei 'eu te amo demais' 
Casava com outro, se fosse capaz 
Mas acontece que eu saí por aí 

Pobre de mim, sonhar contigo, jamais 
Ah, se eu pudesse, não caía na tua 
Conversa mole outra vez 
Não dava mole à tua pessoa 

Te abandonava prostrado aos meus pés 
Fugia nos braços de um outro rapaz 
Mas acontece que eu sorri para ti"


Chico Buarque 


Tá muito difícil .